A tendência de viver com menos vai além da estética e se conecta à praticidade, bem-estar e flexibilidade no dia a dia. Entenda como adaptar esse estilo à sua realidade
A tendência de viver com menos vai além da estética e se conecta à praticidade, bem-estar e flexibilidade no dia a dia. Entenda como adaptar esse estilo à sua realidade
Vivemos em uma era marcada pelo excesso: excesso de informação, compromissos, objetos e estímulos visuais. Em meio a essa sobrecarga, o minimalismo moderno surge como um caminho para mais equilíbrio. Muito além da estética das redes sociais, esse estilo de vida propõe uma abordagem mais consciente: manter por perto apenas aquilo que realmente importa.
No entanto, quem decide trilhar esse caminho minimalista logo se depara com um dilema: o que fazer com os itens que ainda têm valor sentimental ou funcional, mas não são mais usados diariamente? A resposta está no planejamento, na organização e, em muitos casos, no uso estratégico de soluções como espaços temporários de armazenamento.
Adotar o minimalismo não é esvaziar a casa por completo ou viver com o mínimo absoluto. É uma decisão de viver com propósito, mantendo apenas aquilo que contribui para o bem-estar, a funcionalidade e o conforto.
Ao contrário do que se imagina, o minimalismo não exclui o afeto ou o estilo pessoal. Trata-se de repensar as escolhas diárias e manter na vida apenas o que agrega valor real. Isso vale para roupas, objetos, móveis e até mesmo compromissos. Uma pessoa minimalista pode ter uma casa aconchegante e decorada — desde que cada item tenha um porquê de estar ali.
Diversos estudos já demonstraram que a desordem visual e o acúmulo de objetos estão associados ao aumento da ansiedade e à perda de foco. Ao eliminar excessos, criamos ambientes mais leves, que facilitam a rotina e estimulam a concentração. Cozinhar em uma cozinha organizada, por exemplo, ou começar o dia em um quarto livre de bagunça impacta diretamente na qualidade de vida.
Ao comprar menos, você economiza dinheiro, tempo e recursos naturais. O consumo consciente também evita compras impulsivas que logo acabam no fundo de uma gaveta. Para muitos, essa transformação começa com pequenos passos, como revisar o guarda-roupa, reduzir itens duplicados ou cancelar assinaturas que não fazem mais sentido.
Apesar dos benefícios do minimalismo, o processo de desapego pode ser difícil, especialmente quando envolve aspectos emocionais ou práticos.
Muitos objetos carregam memórias: uma blusa usada em um momento especial, um presente de alguém querido, um livro lido em uma fase marcante. Jogar fora parece desrespeitar essa lembrança. Por isso, o processo deve ser feito com empatia e sem pressa. Uma dica é registrar a lembrança com uma foto antes de se desfazer do objeto.
Há itens que não cabem no dia a dia, mas ainda têm importância — como decorações de Natal, móveis herdados, instrumentos musicais ou documentos antigos. Quando não há espaço suficiente em casa, esses objetos acabam entulhados em cantos pouco funcionais. Isso cria um ambiente confuso e distante do ideal minimalista.
É comum ouvir “e se eu precisar disso daqui seis meses?”. Esse medo paralisa o desapego. Uma forma de lidar com isso é usar a técnica da “quarentena dos objetos”: guarde o item por um tempo estipulado e, se não usá-lo nesse período, considere doá-lo ou armazená-lo fora de casa.
Reduzir o número de itens não significa abrir mão do conforto. Pelo contrário, a organização inteligente permite que a casa fique mais agradável e funcional.
Algumas práticas ajudam a deixar a casa mais fluida e funcional:
Escolha móveis multifuncionais, como baús que também servem de assento;
Priorize a circulação, evitando móveis grandes em espaços pequenos;
Use espelhos e iluminação para ampliar a sensação de espaço;
Mantenha superfícies desobstruídas, como bancadas e mesas.
Com pequenas mudanças no layout, o ambiente já parece mais leve e acolhedor.
Tudo o que é usado com frequência deve estar acessível. Já o que é usado esporadicamente — como malas, roupas de frio em pleno verão ou arquivos antigos — pode ser armazenado em locais específicos. Caixas rotuladas, prateleiras elevadas e nichos ajudam a categorizar os objetos sem comprometer o visual da casa.
Para quem está reformando, se mudando, organizando um imóvel para aluguel ou simplesmente tentando viver com mais espaço, um espaço de armazenamento externo surge como aliado. É possível guardar móveis, documentos, equipamentos sazonais ou coleções sem abrir mão deles.
Itens como enfeites de Natal, malas de viagem, roupas de inverno, brinquedos de infância dos filhos ou até utensílios de festas podem ocupar muito espaço sem uso constante. Em vez de comprometer o armário, esses objetos podem ser alocados em ambientes externos sob medida. Assim, você mantém o essencial no dia a dia e resgata esses itens apenas quando necessário.
Ao preparar um imóvel para locação, é comum se deparar com objetos acumulados, móveis em excesso ou itens de valor afetivo que não têm mais utilidade no momento.
Em vez de descartar tudo ou comprometer a estética da casa, uma alternativa prática e segura é um self storage. Esse tipo de solução permite armazenar temporariamente seus pertences, liberando espaço e tornando os ambientes mais atrativos para potenciais inquilinos.